CDS considera "finamente irónica" a posição de Passos Coelho

O CDS considera "finamente irónica" a posição de Passos Coelho ao defender a possibilidade de demissão do Governo pelo Presidente da República, depois de ter considerado um "arranjinho" a ideia de Paulo Portas avançada no debate sobre o Estado da Nação.<br />
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"Era finamente irónico e contraditório Pedro Passos Coelho criticar como 'arranjinho' a declaração de corajosa de Paulo Portas", criticou Nuno Magalhães, referindo-se à proposta feita na quinta feira pelo líder do CDS-PP, que sugeriu a demissão do chefe do Governo para que fosse formado um Executivo de coligação entre PS, PSD e CDS-PP.

Passos Coelho demarcou-se da ideia recusando "um arranjinho de Governo no atual quadro parlamentar" e defendendo que "o problema não é o actual primeiro ministro".

"Sócrates está a fazer mal ao país, deve sair e, perante o impasse politico, os partidos democráticos devem assumir responsabilidades e só depois, propor, em sede constitucional, que o Presidente possa demitir um governo e que a Assembleia possa escolher outro primeiro ministro sem recurso a eleições. Então ai já não seria um arranjinho?", recordou Nuno Magalhães.

"Parece que a frontalidade de Paulo Portas apanhou muita gente de surpresa. A única coisa que Passos Coelho parece querer evitar é a saída de José Sócrates", concluiu o porta-voz do CDS-PP.

Em entrevista ao jornal Público, o líder do PSD defendeu que no âmbito de uma revisão constitucional o Presidente da República passe a poder demitir o Governo e que o Parlamento possa substituí-lo através de uma moção de censura construtiva.

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